sábado, 18 de maio de 2013

Sobre exploração ou esse Brasil que precisa acordar


Sobre exploração ou esse Brasil que precisa acordar



Essa semana, na aula do doutorado, o professor, ao fazer uma crítica a um fragmento do  livro de Georges Bataille – “O Erotismo”, afirmou: “O tema desse texto é que o excesso de trabalho prejudica o desempenho sexual do ser humano. O autor escreveu o livro em sua época com este pensamento. Hoje quem afirmaria isso?. Quem atacaria o capitalismo dessa forma?. Ele foi intensamente ideológico”

Essa afirmação me incomodou até porque ainda hoje não há diferença. É perceptível a  exploração do homem pelo homem. Do endeusamento do capital em detrimento da dignidade humana. As estruturas do capital e da burguesia se valem de uma lógica: “A condição essencial da existência e da supremacia da classe burguesa é a acumulação de riquezas nas mãos de particulares, a formação e o crescimento do capital a condição de existência do capital é o trabalho assalariado” (Karl Marx e Frederico Engels, O manifesto comunista, p.27).

A exploração do trabalhador; as horas excessivas de trabalho; ou a falta dele por conta de um sistema brutal que exclui e marginaliza o humano não podem ser reduzidas a uma ideia de que estamos na “pós-modernidade” e não existe mais a luta de classe. Pode-se ver que o trabalho escraviza as pessoas, pois a exploração do trabalhador enriquece o patrão.

Muito oportuno é o filme “Quanto vale ou é por quilo” (em http://www.youtube.com/watch?v=fZhaZdCqrHg). Ao assistir a este filme, você pode refletir sobre um Brasil que no seu histórico está a exploração e apropriação da máquina do Estado para legitimar uma classe dominante. O povo, sobretudo, o negro sempre foi vítima deste sistema, quando não como escravo o é como bucha de canhão para “matar” o seu igual.

Como não pensar nisso? É a realidade que nos cerca. Não é possível estarmos nos gabinetes de estudo, nas bibliotecas enquanto o país se deteriora. É necessário refletir nosso entorno, reorganizá-lo. Pensar que não tem jeito é muito mais cômodo e fácil, pois esse é o discurso a classe dominante introjetou em nós para que suas ações dominantes não sejam questionadas.

Citação:
Marx, K. & Engels, F. O manifesto comunista. Versão www.jahr.org

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