segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Petróleo, bombas, manifestações e o que isso tem a ver comigo?

Petróleo, bombas, manifestações e o que isso tem a ver comigo?

Nunca na história do Brasil as manifestações populares tiveram tanta repercussão. Não é de agora que isso acontece no país. Temos dois exemplos históricos: a revolta da vacina em 1914 e a revolta da chibata liderada pelo Almirante Negro João Cândido em 1910. Sem falar nas rebeliões negras e políticas, é claro, de toda nossa trajetória.

Desde junho deste ano, a população brasileira está em evidência na mídia. Essa que, de maneira descaradamente reacionária, chamam de “vândalos” os movimentos sociais. Do ponto de vista filosófico e histórico, os vândalos esperavam a derrocada do império romano para invadi-lo. Dessa ótica é compreensível fazer o vandalismo no Brasil, ou seja, mudar a ordem vigente.

Além disso, hoje, dia 21 de outubro de 2013, vejo daqui, do canto da sala da casa onde moro na Colômbia  ‒ enquanto escrevo uma conferência sobre Solano Trindade e Jorge Artel, poetas negros que usaram sua escrita a favor da luta política e estética dos excluídos, especificamente os negros ‒, vejo pela internet, ao vivo, a luta de petroleiros para salvar o que é do povo brasileiro. O mais risível dessa situação é que o atual governo no PT levantou bandeiras e fez “vandalismo” na época, que não tenho a menor saudade, de FHC e sua “privataria” dos bens da nação brasileira.

Ora, como são repetíveis os fatos históricos, Monteiro Lobato, Graciliano Ramos que já foram perseguidos por defender nossa riqueza, o petróleo, agora são revividos em trabalhadores e trabalhadoras que não querem ser mais vítima dessa selvageria capitalista. Ao contrario dos escritores presos e seus livros apreendidos, a situação com o trabalhador, o estudante e os membros dos movimentos sociais é mais violenta. Eles são presos, recebem bombas, balas de borrachas e são classificados como bandidos para ludibriar a opinião pública. Cuidado, o governo e a mídia são perigosos.


Quem nos salvará? Nós mesmos. Essa roda viva da vida não para e nós seguiremos fazendo nossa história. O detalhe é estar atento e fazer valer nossa voz. Todo apoio aos movimentos sociais. Avante, nenhum passo atrás!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Bater em professor é bom?

Bater em professor é bom?
Nestes dias, mais do que nunca vimos uma violência desmedida contra a classe de trabalhadores e trabalhadoras da educação. Os educadores e as educadoras do Rio de Janeiro somos nós. Eu, mesmo sendo da Bahia, não estou longe de sofrer pancadas de policiais a mando de governo sem o menor senso de tolerância, pois por aqui professor é tratado como ser sem importância pelos “coronéis”.
Os fatos ocorridos na câmara de vereadores carioca no dia primeiro de outubro de 2013 somente reforçam o que tem acontecido na educação brasileira: a violência velada.  A mídia descaradamente distorce os fatos e tenta colocar a opinião pública contra os professores. Isso é de uma baixeza inominável.
Tenho repulsa por esse sistema que massacra professor, desvaloriza a educação e preza pela manutenção de um ensino falido. Amigos, amigas, educadores e educadoras, não desistamos. Levemos esses fatos para sala de aula. Debatamos, formemos em nossos estudantes uma visão mais crítica de nosso entorno. A nossa tarefa é superar o mal que nos abate. O sistema quer nos deslegitimar.

Realmente, não há outro caminho senão destruir a barreira da ignorância. Temos nas mãos lápis e papel e alguém já disse que é o suficiente para fazer uma revolução. Necessitamos urgentemente mudar essa ordem. Professores do município do Rio de Janeiro, vocês somos nós! Avante sempre!